sexta-feira, 25 de junho de 2021

ESTUDO: QUEM É DEUS? (Parte 2)


Segundo Louis Berkhoff, “Deus se revela não só em seu nome, mas até mais particularmente em seus atributos, isto é, nas perfeições que são atribuídas ao ser divino na Escritura, ou são visivelmente exercidas por ele nas obras da criação, providência e redenção” (BERKHOFF, 2012).

No ultimo estudo, refletimos sobre os atributos incomunicáveis de Deus, que são:


-        Existência Autónoma de Deus,

-        A imutabilidade de Deus,

-        A infinidade de Deus,

-        A Unidade de Deus

Agora, continuamos estudando os Atributos Comunicáveis de Deus.

O que são os Atributos Comunicáveis de Deus? São aqueles com os quais os atributos do homem têm alguma relação de semelhança. (Gn 1.26, 27). Devemos entender, porém, o que se acha no homem, (Por causa da queda) é uma relação de semelhança “finita e imperfeita do que é infinito e perfeito em Deus” (BERKHOFF, 2012). 

Como os Atributos incomunicáveis de Deus, a Bíblia também nos ensina a respeito dos Atributos Comunicáveis de Deus. Mas, quais são estes atributos e onde fala a respeito deles na Bíblia? Vamos refletir sobre eles:

 

      I.        O CONHECIMENTO DE DEUS


Quando falamos do Conhecimento de Deus, estamos falando da perfeição pela qual ele conhece a si mesmo e conhece todas as coisas. O conhecimento de Deus não é um conhecimento obtido de maneira externa a partir d estudos e pesquisas. O conhecimento de Deus é inerente ao próprio Deus, ou seja, um constitutivo ou uma característica essencial de Deus. Vejamos o que a Bíblia nos fala a respeito do conhecimento de Deus:

 

-        : “...porque só tu conheces o coração de todos os filhos dos homens”. 1 Reis 8:39

 

-        “SENHOR, tu me sondaste, e me conheces...”. Salmos 139:1-6

 

-        “... às coisas que vos sobem ao espírito, eu as conheço”. Ez 11.5

  

    II.        A SABEDORIA DE DEUS.

 

Significa o aspecto particular do conhecimento de Deus. Segundo Berkhoff, a sabedoria de Deus “é a inteligência de Deus como se manifesta na adaptação de meios para alcançar determinados fins” (BERKHOFF, 2012). O objetivo final é a própria Glória do seus Nome, como podemos conferir em Rm 11.36: “Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente”. Tudo que Deus faz, faz com sabedoria e tudo e todas as coisas convergem para a sua própria glória.

A sabedoria de Deus é vista na criação (SI 19.1-7; 104.1- 34), na providência (SI 33.10-11; Rm 8.28), e na obra da redenção (IC o 2.7; Rm 11.33; E f 3.10).

 

   III.        A BONDADE DE DEUS

 

É comum ouvirmos as pessoas declamarem o jargão do filme O Quarto de Guerra, “Deus é Bom o Tempo Todo, o Tempo Todo Deus é Bom”, mas o que é a Bondade de Deus? Como poderíamos defini-la?

Segundo BERKHOFF, 2012, a bondade de Deus “pode ser definida como aquela perfeição de Deus que o move a tratar com generosidade e bondade todas as suas criaturas”.

A Bíblia nos diz no Sl 36:6 que “o SENHOR, conserva os homens e os animais”, também no Salmo 104:21 nos é dito que “os leõezinhos bramam pela presa, e de Deus buscam o seu sustento”. Jesus nos diz que Deus é tão Bom ao ponto de fazer “que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos”, Mt 5:45. Tudo isto revela-nos a Plena natureza bondosa de Deus.

 

  IV.        O AMOR DE DEUS.


Pode-se definir o amor de Deus como a perfeição de Deus pela qual Ele é movido eternamente à Sua própria comunicação (Jo 16:27; Rm 5:8). Consideremos sobre vários pontos de vista o Amor de Deus, ou como o amor de deus se revela:

 

a.    A graça de Deus - a graça de Deus é o seu amor imerecido para com os que têm perdido o direito a ele, e estão por natureza debaixo de um julgamento para condenação. (Ef 2:7-9; Tito 2:11).

 

b.    A misericórdia de Deus - E o amor para com os que sofrem angústia ou aflição, independentemente de seus merecimentos ( Ef 2:4, 5).


c.    A longanimidade de Deus - Quando se considera o amor de Deus em suportar os perversos e maus, esse tratamento é chamado de longanimidade ou tolerância. (Rm 2:3, 4).

 

Conclusão:

 

        Concluímos a segunda parte deste reconhecendo que os atributos comunicáveis de Deus engrandece o Nome de Deus, além de beneficiar os seres humanos com toda sorte de Bênçãos. Deus em sua imensa misericórdia e amor com que nos amou continua chamando homens e mulheres a um relacionamento de intimidade com Ele, para isso, é preciso se voltar para Cristo em quanto é tempo. 


Pr. Davi Nascimento


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Referências Bibliográficas:

- WATSON, Thomas. A fé cristã, estudos baseados no breve catecismo de Westminster / traduzido por Trinity Traduções e Publicações S/C. _ São Paulo: Cultura Cristã, 2009. Pgs 368.

- BERKHOF, Louis. Manual de doutrina cristã. São Paulo: Cultura Cristã, 2012.

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