domingo, 29 de março de 2020

Reflexão em Êx 14:15


Introdução


Após 400 anos de servidão o povo de Israel acabara de sair do Egito. Deus os guiava pelo deserto e lhes dava instruções de como proceder diante dEle.

Moisés levava os ossos de José, pois o mesmo havia falado ao povo de que quando o Senhor os tirassem do Egito, assim o fizessem, não deixassem seus ossos no Egito, conforme lemos no versículo 19 do capitulo 13.
Em dado momento da caminhada, eles se deparam de frente com o mar vermelho. Deus mais uma vez, endurece o coração de Faraó, para que persiga o povo. O povo agora se encontrava encurralados, sem saída. Na frente, o Mar Vermelho; atrás, Faraó e seu exercito.
O que podemos aprender nesta passagem?


     I.        DEUS FRUSTRA OS PLANOS DO INIMIGO

            No coração endurecido de Faraó, residia a falsa esperança de que o povo de Israel estava preso entre o deserto e o Mar Vermelho: “Então Faraó dirá dos filhos de Israel: Estão embaraçados na terra, o deserto os encerrou”, 14:3. Porém no coração de Deus, residia a certeza de que Ele seria Glorificado em Faraó, 14:4.
            Faraó estava irado consigo mesmo, por ter libertado o povo de Israel, por isso ele passa a persegui o povo, não para escravizar novamente, mas para destruí-los.
            Os planos do inimigo são frustrados quando confiamos no poder de Deus.

    II.        A FALTA DE FÉ NÃO NOS DEIXA ENXERGAR ALÉM DAS DIFICULDADES.

O povo se encontra em um dilema, frente a dificuldade existente. Na frente o mar, atrás o inimigo. O que fazer? Qual a saída?
Embora clamassem ao Senhor, sentiram vontade de retornar ao Egito. Julgava que a intenção de Deus os trazer até ali, era para que morressem no deserto. Vs 11, 12.
Nas horas de extrema dificuldade, somos movidos a clamar ao Senhor, como fizeram os filhos de Israel, porém a ausência de fé nos impede de enxergar o propósito de Deus para as nossas vidas.
Concordo com Matthew Henry quando diz que “Deus permite que enfrentemos situações de apertos, para colocar-nos de joelhos”. 

   III.        DEUS ABRE O CAMINHO ONDE JULGAMOS IMPROVÁVEL

A dificuldade a frente, impedia que o povo visse o impossível acontecer. Embora clamassem a Deus e culpassem Moisés pela sua desventura, Deus tinha um propósito definido para o povo, o de ser Glorificado em Faraó e de abençoar o povo cumprindo com a sua promessa feita a Abraão, Isaque e Jacó. Deus cumpre suas promessas.
Moisés disse: "Não temais". Matthew Henry comenta dizendo que “Quando não pudemos sair de nossos problemas, é sempre o nosso dever e interesse colocarmos-nos acima de nossos temores; que eles avivem as nossas orações e os nossos esforços; porém, não silenciem a nossa fé e a nossa esperança”.
Moisés tinha a ferramenta nas mãos. Não em si a vara, mas Deus em seu poder poderia mudar a história de Israel. O mar se abriu, o povo passou a pés enxutos! Deus é capaz de conduzir o seu povo em meio a maiores dificuldades e criar um caminho onde não exista uma alternativa. 


CONCLUSÃO:

Vivemos algo semelhante em nossos dias. Se ficar em casa, caos econômico; se sair na rua, somos alvos da pandemia. O que fazer? Qual a solução? Que decisão tomarmos?
São perguntas que muitas vezes não há respostas, porém olhando para a passagem que lemos, podemos ver que temos algo que ninguém pode tirar de nós, a fé em um Deus que faz do impossível, possível.
Um Deus que mudou a história dos israelitas e que pode mudar a nossa história nesse momento. “Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem”. Essa foi a ordem de Deus para o povo. Embora os edifícios templos estejam fechados, nós somos templo e esse templo que somos nós, não fecha.
Intercedamos ao Senhor, clamemos, oremos e o Senhor pode mudar esta situação.