Marcos 8:29
Declaramos abertamente o Nome de Cristo;
fomos batizados em Nome de Cristo; Oramos em Nome de Cristo..., em fim
testemunhamos que seguimos e caminhamos com Cristo.
Os discípulos deixaram tudo para seguir após
Cristo; testemunhavam o Nome de Cristo e aprenderam a orar em Nome de Cristo,
mas em dado momento, Jesus perguntou aos seus discípulos: “Mas vós, quem
dizeis que eu sou?”.
Em nossos dias, essa pergunta ainda é
constante, mas a resposta muitas vezes é diferente daquela proferida por Pedro:
“Tu
és o Cristo”.
O inicio do capitulo 8 evidencia algumas
curas e milagres realizados por Jesus. Nos versículos 1-9 Jesus multiplica pela
segunda vez pães e peixes para alimentar uma multidão de quase 4 mil pessoas,
todas famintas e desgastadas pelo dia que tiveram, como observado pelo Senhor
Jesus: “Tenho
compaixão da multidão, porque há já três dias que estão comigo, e não têm quê
comer. E, se os deixar ir em jejum, para suas casas, desfalecerão no caminho,
porque alguns deles vieram de longe” (Vs. 2, 3).
Na segunda parte do capitulo, em Dalmanuta, Jesus
é desafiado pelos fariseus a fazer um sinal publico. Talvez eles desejavam ver
um show de mágica, ou talvez na esperança de um possível fracasso de Jesus,
eles queria expor Jesus ao ridículo, porém Jesus não estava disposto a promover
entretenimento para os fariseus, pois os mesmos faziam parte de “uma geração má e adúltera...” (Mt 12:39) e incrédula,
que realmente não estava disposta a abandonar os seus pecados e seguir humildemente
a Jesus.
É possível que essa mesma geração exista em
nossa sociedade e ainda, talvez muitos dentro das igrejas estão “a espera de um
milagre”, porém por ser “Uma geração má e adúltera” e incrédula não tem
experimentado as riquezas das misericórdias de Cristo em suas vidas,
transformando-as a imagem de Cristo.
Por causa da incredulidade daquelas pessoas,
Jesus “...deixando-os, tornou a entrar no
barco, e foi para o outro lado” (Mc 8.13). Em nossos dias, por causa da
incredulidade em nossa sociedade, o milagre não acontece; a transformação não
acontece. A cada dia que passa a sociedade fica mais corrompida e distante de
Deus. Muitos se admiram com uma cura, mas não adora aquele que realizou a cura;
muitos pedem um sinal, mas sua vida está distante daquele que o realiza.
Uma outra cura que é relatada no capitulo 8,
é a cura do cego. Por causa da incredulidade na cidade de Dalmanuta, Jesus não
efetuou milagres, mas foi em Betsaida que Jesus mostrou o sinal através da cura
daquele cego, pois ele “... ele ficou
restaurado, e viu cada homem claramente” (v.25). Quando há fé naquilo que Jesus pode
fazer, Ele faz, porém se há incredulidade, nada acontece, a restauração não
pode acontecer onde há incredulidade.
Finalmente Jesus promove entre seus discípulos,
uma espécie de pesquisa de opinião. Jesus pergunta: “Quem
dizem os homens que eu sou?” (v. 27).
As respostas são variadas, pois havia muitas
opiniões a respeito da pessoa de Cristo, pois uns diziam que Ele era “João o
Batista; Elias; ou um dos profetas” (v. 28). Muitas opiniões podem ser ditas a
respeito de uma pessoa, porém a opinião verdadeira fluirá apenas por aqueles
que o conhecem verdadeiramente.
Para aqueles que estavam esperando apenas
sinais e maravilhas de Jesus, Ele poderia ser João Batista que havia retornado
dos mortos; poderia ser Elias que voltou ou qualquer outro profeta, menos “Cristo,
o Filho do Deus Vivo” (Lc 16:16).
A resposta é corretamente expressa por
aqueles que realmente conhecem a Cristo. Os discípulos tinham intimidade com Cristo,
eles o conhecia muito bem, por isso Pedro responde com toda a segurança: “Tu és o Cristo,
o Filho do Deus vivo”
(Lc 9:20).
Jesus queria saber a opinião pessoal dos discípulos,
se realmente eles o conheciam. A resposta de Pedro representava a convicção dos
doze. Todos tinham convicção de quem era Jesus: “...
o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Lc 9:20).
O que podemos tirar como lição para as nossas
vidas? O que a resposta de Pedro significa para nós, que servimos ao Senhor?
1.
Apenas
os que são templo e morada do Espirito Santo, reconhecem verdadeiramente que é
Jesus. Pedro não movido por emoções e nem tampouco respondeu de maneira carnal,
Pedro respondeu, por que o Pai revelou quem é Jesus em seus corações. Jesus
responde a Pedro: “Bem-aventurado
és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai,
que está nos céus”
(Mt 16:17).
2.
Embora
servos de Deus, não estamos livres das tentações e até mesmo agir de forma
contrária a Cristo. Pedro tentou aconselhar o Senhor Jesus de que a Cruz seria
algo trágico e que Jesus deveria desistir. A resposta de Jesus é que ao
contrário do que Pedro havia respondido pelo Espirito de Deus, agora ele agi de
forma contrária ao Espirito de Deus. Respondeu Jesus: “Retira-te de diante de mim, Satanás; porque não
compreendes as coisas que são de Deus, mas as que são dos homens” (Mc 8:33).
3.
Finalmente,
se desejamos conhecer completamente o Senhor Jesus, devemos tomar a nossa cruz,
e siga-me. Esse carregar a cruz deve ser algo constante na vida do crente.
Lucas acrescenta que o carregar a cruz deve ser algo diário, vejamos: “... tome CADA DIA a sua cruz, e siga-me” Lc 9:23.
Conclusão:
Se desejamos conhecer
o Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, devemos tomar a nossa cruz a cada dia e
segui-lo. Quais as implicações para seguir a Cristo? (Lc 9.23).
1.
Convicção
– “Se alguém quer vir após mim...”
2.
Ter
uma vida de renuncia – “... negue-se a
si mesmo”.
3.
Seguir
incondicionalmente a Cristo – “... tome cada
dia a sua cruz”.
4.
Está
disposto a perder a própria vida por Cristo se for necessário – “Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida,
perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará”.
5.
Como
nos orienta o profeta Oséias: “Que Conheçamos,
e prossigamos em conhecer ao SENHOR...” (Os 6:3). Amém!
Pr. Davi Nascimento