Isaías 6.1-7
Temos diante de nós uma das passagens mais
notáveis do A.T que justifica a doutrina da revelação divina. A experiência que o
profeta Isaías teve lhe deu certeza da sua vocação e chamado. A visão
apresentou ao profeta a grave condição da religião do seu povo, como também a
situação política de Israel.
Isaias, como Amós e Oséias, e como os
seus sucessores Jeremias e Ezequiel, sentiu-se constrangido para entregar ao
povo rebelde a mensagem que recebeu do Senhor, e assim deixar os resultados da
sua pregação com o Senhor. Isaias teve a visão do Senhor sentado em um trono de
glória, por volta do ano 742 a.C, ano da morte do rei Uzias.
Precisamos refletir algumas verdades nesta passagem para o nosso fortalecimento e edificação espiritual.
NOS TEMPOS DE CRISE,
DEUS APARECE AO SEU POVO
A nação de Israel estava passando tempos de
crise. Havia corrupção religiosa e política. O juízo divino estava vindo sobre
a nação e as causas estão registradas no capitulo 3.8-12:
1.
A
anarquia de Jerusalém e Judá resultará do aumento das iniqüidades vergonhosas
do povo.
2.
A
blasfêmia da língua e as obras da injustiça desafiavam a gloriosa presença do
Senhor.
3.
Os
pecadores mais culpados são os chefes políticos e religiosos.
O povo de Deus tornou-se ingratos para com
Deus; a nação se afundou em pecados, trazendo assim a ruína para si mesmo. Este
é um resumo do quadro social e religioso da nação de Israel. Uma nação que
estava sucumbindo em seus pecados. Uma nação em crise.
Foi diante deste quadro, que Isaias teve uma
visão de Deus. Hoje Deus fala para uma nação que está em crise. Crise econômica,
política, social e religiosa. Is 5.20. Como nos dias de Isaías, nossa nação tem
se afastado de Deus. Deus tem falado, mas até o seu próprio povo tem fechado os
ouvidos para não ouvir sua voz. Como nos dias de Isaías, Deus tem levantado
mensageiros fiéis a sua Palavra, para falar ao seu povo, porém, muitos tem
evitado ouvir a voz do Senhor.
Um dos pecados que entristece o Senhor é a
ingratidão e infidelidade.
DEUS FALA-NOS AOS
NOSSOS CORAÇÕES NOS TEMPOS DE CRISE, QUANDO BUSCAMOS A SUA FACE
A visão do profeta acontece
quando ele vai buscar a Deus no templo. “...
e o seu séquito (comitiva” ou “cortejo) enchia o templo” v. 1. O profeta se sente mau, pois
estava diante da santidade plena de Deus, (Is. 6.5). Há um reconhecimento de
quem é Deus e quem é o ser humano. Deus Santo e o homem pecador.
O texto que lemos nos
mostra que Isaías viu o Senhor. Não foi um sonho. Não foi uma alucinação.
Isaías teve um encontro pessoal com o Senhor. Isaías chegou ao Templo para
adorar ao Senhor, na esperança de conforto nesta hora de crise na história do
seu povo.
É nas horas de crise
que buscamos a Deus. Deus fala com o seu povo nas horas de crise. As vezes para
nosso conforto e consolo, muitas vezes para vermos onde estamos falhando. Deus
está falando!
PARA ESTARMOS
DIANTE DE DEUS É PRECISO RECONHECER QUEM NÓS E QUEM DEUS É.
Isaías reconheceu que estava diante da
suprema santidade de Deus. Ele contemplou a glória de Deus. Isaías olha para si
mesmo e para a sua nação. (V. 5).
1. “Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros...”;
2. “... e habito no meio de um povo de impuros lábios...”;
3.
“...
os meus olhos viram o Rei, o
SENHOR dos Exércitos”.
Isaías se preocupa com a sua condição diante
de Deus: Homem de lábios impuros
e habitava no meio de pessoas de
impuros lábios.
Nenhum homem veria a Glória de Deus e ficaria
vivo para contar a história (Êx 33:20). Isaías conhecia esta verdade, por isso
ele diz: “Ai de mim! Pois estou perdido...
os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos”
Quando Isaías reconhece sua
condição diante de Deus, Deus o purifica e o qualifica para realização da sua
obra. (Vs. 6, 7).
O mesmo acontece conosco, quando reconhecemos a nossa pecaminosidade e reconhecemos a santidade de Deus, Deus nos perdoa, purifica e nos habilita para realização da sua obra. (1 Jo 1:9).
CONCLUSÃO:
Isaías teve uma visão esplendida do Senhor e um chamado
maravilhoso. Nós também podemos e temos essa visão de Deus. Deus nos habilita
para a realização da sua obra, mas para isso, é preciso que venhamos nos
reconhecer e reconhecer a santidade do nosso Deus.