quarta-feira, 27 de agosto de 2014

O DEUS QUE SUPRE AS NOSSAS NECESSIDADES


 
Texto: Êx 13.17-22
 
Conhecemos a historia do povo de Israel, uma nação sofrida, que passou por muitos cativeiros, uma nação que quase deixou de existir, pois a visão do inimigo sempre foi dizimar esta nação da face da terra. Sabemos que quando eles estavam no Egito, antes tiveram expressão, e até mesmo um dos israelitas chegou a ocupar um alto posto no Egito, chegando assim a ser a segunda pessoa do Faraó, José era o seu nome, um dos filhos de Jacó, um dos patriarcas dos israelitas, neste período os israelitas experimentaram do bom e do melhor na terra do Egito, eram homens livres porém José morreu, morreu também o Faraó que concedeu tanta graça aos israelitas através de José. A Palavra nos conta que “levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José”, Êx 1.8, a saga dos filhos de Israel começa com este texto, pois por se multiplicar os israelitas, e o numero de homens serem quase superior aos egípcios, e estes homens serem muito fortes como nos diz em Êx 1.9- 11: “O qual disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é muito, e mais poderoso do que nós. Eia, usemos de sabedoria para com eles, para que não se multipliquem, e aconteça que, vindo guerra, eles também se ajuntem com os nossos inimigos, e pelejem contra nós, e subam da terra. E puseram sobre eles maiorais de tributos, para os afligirem com suas cargas”. Houve temor por parte da liderança egípcia, houve grande preocupação, pois o povo crescia assustadoramente, mesmo havendo castigo e aumento do trabalho, mas em todo esse sofrimento, Deus era com o seu povo, pois ele cuida daqueles que ele ama. Deus ouve o clamor do povo em meio ao sofrimento e levanta Moisés como seu instrumento para libertar o seu povo. Deus desafia todo o poderio egípcio, Deus desafia os deuses egípcios, pois ele queria dar libertação ao seu povo. Essa foi a primeira etapa do sofrimento do povo, a segunda etapa é no deserto escaldante, onde Deus continua a cuidar do seu povo e os direciona rumo a liberdade.

Como Deus supre as nossas necessidades?

I. NOS GUIANDO PELO CAMINHO QUE ANDAMOS.
II. PROVENDO AS NOSSAS NECESSIDADES FISICAS.
III. PROVENDO AS NOSSAS NECESSIDADES ESPIRITUAIS.

 

I. NOS GUIANDO PELO CAMINHO QUE ANDAMOS

 
Para tirar o povo do Egito, Deus agiu com um plano estratégico.

 
a.    Ele treinou Moisés com toda a sabedoria Hebreia e egípcia, pois ele iria precisar para ter acesso ao rei do Egito e se comunicar com o povo, Cap. 2.

b.   Preparou Moisés no deserto, ele deveria conhecer para guiar o povo de Deus, Cap. 2.15; 3.1.

c.    Deus se apresentou a Moisés como o único Deus Soberano, Cap. 3.6

O texto que estamos considerando retrata a forma dos cuidados de Deus para com o seu povo, pois para que não se perdessem no deserto de dia, Deus ia adiante deles numa coluna de nuvem e para o povo não andar na escuridão, Deus ia adiante dele numa coluna de fogo. Deus jamais deixou de ser o guia do seu povo. Deus nos guia rumo a habitação da sua santidade, Moisés reconheceu esta verdade em seu cântico: “Tu, com a tua beneficência, guiaste a este povo, que salvaste; com a tua força o levaste à habitação da tua santidade”, Êx 15.13. Este exemplo tipifica a caminhada dos salvos rumo as mansões celestiais, a cidade que Cristo foi preparar para aqueles que pela fé aceitaram a salvação ofertada por Cristo. Ainda neste mundo, Deus tem guiado o seu povo em paz e segurança. A preocupação de Deus era que o povo caminha em paz e segurança o ver. 17 nos diz: “E aconteceu que, quando Faraó deixou ir o povo, Deus não os levou pelo caminho da terra dos filisteus, que estava mais perto; porque Deus disse: Para que porventura o povo não se arrependa, vendo a guerra, e volte ao Egito”. Primeiro, Deus toma o cuidado de guiar o povo no caminho seguro; segundo, Deus livra o povo do arrependimento e retorno ao Egito. Nestas duas verdades aprendemos que em meio aos problemas desta vida, Deus nos livra de cairmos nas mãos do inimigo e também do sentimento de retorno às antigas práticas.

 
II. PROVENDO AS NOSSAS NECESSIDADES FISICAS.

 
Na caminhada pelo deserto, havia algumas preocupações físicas do povo. “O que vamos comer”, “o que vamos beber, já que o deserto é seco”. O povo esqueceu, que o Deus que liberta, é o mesmo Deus que sustenta, inclusive fisicamente. Jesus condenou esse tipo de preocupação, tendo em vista ser ele o mantenedor do seu povo, ele nos diz: “Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? (Porque todas estas coisas os gentios procuram). De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal”, Mt 6.31-34. Deus mandou o maná para satisfazer a fome do seu povo e quando tiveram sede, Deus fez brotar água da rocha. O povo no deserto, deveria apenas crer que Deus resolveria seus problemas; deveria apenas confiar que Deus supriria as sua necessidades físicas. Ao invés de glorificar, passaram a murmurar, reclamar. Muitos de nós temos recebido muitas bênçãos de Deus, mas seguindo o exemplo do povo, nos tornamos murmuradores, reclamamos, nos tornamos grandes críticos em relação aos que estão fazendo a obra de Deus. Nada dar certo, nada presta, tudo é desagradável. Não sentimos alegria em está na presença de Deus, não o glorificamos pelo que Ele é. Estamos com um prato de comida nas mãos, mas o pensamento já é no próximo prato que comeremos; vestimos uma roupa agora, já estamos pensando na roupa que vestiremos no ano novo. Pare! Jesus condena este tipo de atitude. Deus conservou o povo no deserto, durante quarenta anos ao ponto de seus causados e suas roupas jamais acabarem, como nos diz na Palavra de Deus: “E quarenta anos vos fiz andar pelo deserto; não se envelheceram sobre vós as vossas vestes, e nem se envelheceu o vosso sapato no vosso pé”, Dt 29.5.

Em meio a tantas dificuldades e murmurações, Deus sempre cuidou do seu povo, das sua necessidades.

 
III. PROVENDO AS NOSSAS NECESSIDADES ESPIRITUAIS.

 
A grande preocupação de Deus, era que o seu povo lhe prestasse culto no deserto, disse Deus a Moisés: “O SENHOR Deus dos hebreus nos encontrou. Agora, pois, deixa-nos ir caminho de três dias para o deserto, para que sacrifiquemos ao SENHOR nosso Deus”, Êx 3.18. É no deserto que estás passando que Deus quer que você glorifique o seu nome, é no deserto desta vida que Deus quer que o cultuemos. Costumamos sorrir e cantar quando tudo vai bem, porém na hora da tormenta, na hora da prova, costumamos murmurar. Deus queria culto no deserto, porém recebeu murmurações. Deus provê as nossas necessidades espirituais, por que ele requer de nós uma verdadeira adoração, uma sincera devoção.
Deus nos resgatou do deserto desta vida, e está nos conduzindo a Canaã celestial. A advertência é que apenas duas pessoas entraram na terra que Deus havia prometido a Abraão, Isaque e Jacó, estes foram Josué e Calebe. Deus disse: “Nenhum dos homens desta maligna geração verá esta boa terra que jurei dar a vossos pais. Salvo Calebe, filho de Jefoné; ele a verá, e a terra que pisou darei a ele e a seus filhos; porquanto perseverou em seguir ao SENHOR, Também o SENHOR se indignou contra mim por causa de vós, dizendo: Também tu lá não entrarás. Josué, filho de Num, que está diante de ti, ele ali entrará; fortalece-o, porque ele a fará herdar a Israel”, Dt 1.35-38. Como está a nossa caminhada? Caminhamos rumo a Canaã celestial ou vamos ficar de fora? Nem todos entraram na terra prometida, nem todos entrarão na Jerusalém celestial.

"A adoração liberta a personalidade, conferindo uma nova perspectiva à vida, integrando-a às diversas maneiras de viver. Ela ainda traz à vida as virtudes da humildade, lealdade, devoção e retidão de atitude, renovando e reavivando o espírito”.
Roswell C. Long

 
Uma vez libertos daquilo que nos aprisiona, ou seja, o pecado...  que possamos cumprir o propósito para o qual Deus nos chamou, pois Ele nos chamou para a adoração a Ele, pois ele supre todas as nossas necessidades.

 

Pr. Davi Gomes do Nascimento

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

A CONFIANÇA EM DEUS, NOSSA GARANTIA DE DESCANSO E SOSSEGO



O menino estava sozinho na sala de espera do aeroporto, aguardando seu vôo. Quando o embarque começou, ele foi colocado na frente da fila para entrar e encontrar seu assento antes dos adultos. O menino foi simpático quando puxaram conversa com ele, e em seguida começou a passar o tempo colorindo um livro. Não demonstrava ansiedade ou preocupação com o vôo enquanto as preparações para a decolagem estavam sendo feitas.
Durante o vôo a aeronave entrou numa tempestade muito forte, o que fez com que balançasse como uma pena ao vento. A turbulência e as sacudidas bruscas assustaram alguns dos passageiros, mas o menino parecia encarar tudo com a maior naturalidade. Uma das passageiras sentada do outro lado do corredor, ficou preocupada com ele e perguntou:

- Você não está com medo?

- Não, senhora, respondeu ele, levantando os olhos rapidamente de seu livro de colorir e piscando um dos olhos, meu pai é o piloto!

O salmo 56.11 nos diz: “
Em Deus ponho a minha confiança e não terei medo”!

 
Em quem nós temos colocado a nossa confiança? Em quem você tem confiado? Sabemos que Deus é o único amigo que não decepciona, ele é aquele que sempre está ao nosso lado, nos momentos que mais precisamos.
A Palavra confiança significa: Segurança íntima com que se procede. Se confiança significa segurança intima, então sabemos que não é todo mundo que merece a nossa confiança. Mas quem é digno de confiança? Quem de fato merece a nossa inteira confiança? Sabemos que nem todos os nossos amigos e até mesmo pessoas da nossa família merece a nossa confiança, porém só há um que devemos depositar toda a nossa confiança, este é Jesus. Temos de fato confiado nEle, mesmo quando as coisas não andam muito bem em nossa vida, em nosso trabalho, em nossa família...?
Quero falar neste artigo  alguns aspectos da nossa confiança para com Deus, ao ponto de levar-nos a descansar e sossegar, mesmo em meio as tempestades da vida.

I. A CONFIAÇA NOS LEVA A UMA CONCIÊNCIA DE CONVERSÃO E SOSSEGO.

 
O povo de Deus passava por muitos problemas, muitas provações e tribulações, porém todos estes problemas foram ocasionados por que o povo não buscava mais o Senhor, eles tinham se voltado aos deuses do Egito, eram povo que estava em rebeldia contra o Deus verdadeiro; vemos que o Senhor os chama a conversão, há muito tempo o Senhor os chamava ao arrependimento, que eles deveriam amar ao Senhor, crescerem em santidade na graça de Deus. Em 2 Crônicas 7.14, Deus chama o seu povo ao arrependimento, e faz promessas de cura, de bênçãos: E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra. Deus não tem prazer na morte ou mesmo no sofrimento das pessoas, o seu prazer é que todos se salvem, porem as pessoas sempre buscaram andar distantes de Deus, procurando fazer os seus próprios caminhos. Muitas vezes em seus planos e projetos de vida, consta tudo, menos o Senhor. Deus ainda chama dizendo: “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós”, Tg 4.8.
A quanto tempo não oramos a Deus com o nosso coração? A quanto tempo não nos humilhamos na sua presença? Será que a nossa confiança para com Ele já desfaleceu? Pelo fato de vermos tantas lutas, tantos problemas, tantas provações, perdemos a nossa confiança nAquele que pode tudo. Um verso de uma musica diz: “Se quer alguém que possa confiar, confie em si mesmo”, esse verso está correto? Podemos deixar de confiar em Deus e confiar em nós mesmos?
Quando as pessoas perguntam se somos crentes, dizemos que sim e até defendemos a logomarca da nossa denominação, porem dificilmente somos perguntado se somos convertidos, pelo fato de verem a falta de conversão em nossa vida no sentido da nossa confiança para com o nosso Deus. O povo de Israel falhou nesse ponto, deixou de confiar no Deus de libertação, preferiram as algemas dos reis de outras nações, do que a liberdade condicionada a obediência a esse Deus Verdadeiro. É possível dizermos que somos convertidos e o nosso coração não confiar no Senhor. O conselho que a Palavra nos dá é que devemos descansar no Senhor, mesmo quando as coisas não estão muito boas. Você confia no Senhor? Então descanse nEle, pois os que confiam no Senhor serão com os montes de Sião que nunca se abalam, Sl 125.1.


II. A CONFIAÇA NOS LEVA A UMA CONCIÊNCIA DE SALVAÇÃO.


 
O apostolo Paulo, usado pelo Espírito Santo reconheceu que havia tribulações, tribulações tais, piores das que vivemos hoje, porém ele diz que “em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou”, Rm 8.37. Nos esquecemos que a vitória já está garantida, pois Cristo garantiu por nós quando morreu na cruz do Calvário.
A Palavra nos diz que o diabo veio para matar, roubar e destruir, porém Cristo veio para nos dar vida, essa vida já temos, já está garantida. Se o nosso problema, a nossa provação é alguém que nos acusa, a palavra nos diz que ninguém pode acusar aqueles que foram inocentados por Deus – “Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica” Rm 8.33. Seu problema é alguém que quer lhe condenar, a palavra nos diz que ninguém pode condenar aqueles que foram absorvidos por Deus – “Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós” Rm 8.34. Seu problema é alguém que esta tentando lhe separar do amor de Jesus, seja eles família, vizinhos, amigos, a Palavra diz que nada poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.
Isso tudo nos leva a uma consciência de que somos salvos, e que as provas podem vir e virão e já vieram, porém elas tem limites. O diabo não pode cirandar com as nossas vidas, porque pertencemos a Cristo, somos propriedade exclusiva dEle, por que Ele nos comprou por preço que não podemos estimar, pois mui valioso, esse preço foi o seu sangue derramado na cruz. Se fomos comprados, qual deve ser a nossa postura diante de tudo o que acontece: “Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus”, I Cor 6.20. Glorifique a Deus! Está doente? Glorifique a Deus! Está com problema na família? Glorifique a Deus! Alguém lhe decepcionou? Glorifique a Deus! Por que Cristo jamais te decepciona. Glorifique a Deus! Porque você é salvo!


III. A FALTA DE CONFIAÇA NOS LEVA A NÃO ACEITAR AS BÊNÇÃOS DE DEUS.

 
Quando não confiamos em Deus, somos levados a um senso de negação pelo que Deus tem feito em nossa vida. Quando estamos vivendo em provação, não conseguimos enxergar o quanto Deus nos ama, ao ponto de enviar seu próprio filho para morrer em nosso lugar, e isso faz com que deixemos de enxergar o que ele tem feito por nós. Muitas vezes Ele já respondeu as nossas suplicas, mas insistimos em sofrer, por que a resposta não é exatamente a que queríamos receber. O Salmista declara que Deus é a sua esperança e a sua confiança desde a mocidade, Sl 71.5, no salmo 78.28, ele diz que pôs a confiança dele no Senhor, e em Jeremias 17.7 nos diz que “Bendito o homem que confia no SENHOR, e cuja confiança é o SENHOR”.

Temos realmente confiado no Senhor? Temos percebido as bênçãos derramadas em nossas vidas? Ou temos negado o seu nome, a sua confiança, o seu amor, o seu cuidado? Que possamos pedir ao Senhor que nos ajude a confiar mais em sua providencia, em seu agir, pois teremos descanso e sossego.



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 Rev. Davi Gomes do Nascimento

domingo, 24 de agosto de 2014

OS ASPECTOS DA FIDELIDADE NA VIDA DO CRENTE



Texto: Apocalipse 2.10

Introdução:
Qual o significado da palavra fidelidade? Fidelidade é tanto a qualidade de permanência do fiel em relação à sua base doutrinária, quanto à permanência de um comportamento ou conduta em conformidade com o prescrito. Tudo isto nos leva ao significado geral de fidelidade que é a lealdade em tudo. A fé de alguém é comprovada pela sua fidelidade. Ela está firmada na crença em Deus e numa profunda e permanente confiança que é capaz de nos amparar em todas as circunstâncias da vida. A fé é demonstrada pela nossa lealdade e pela coerência na nossa vida cristã. O fruto da fidelidade é uma realidade na sua vida? Vamos falar hoje de três aspectos da fidelidade na vida do crente:
 

1. Aspecto na prosperidade
2. Aspecto nas tribulações
3. Aspecto na vida espiritual
 
I. A FIDELIDADE NO ASPECTO DA PROSPERIDADE
Talvez este aspecto seja o menos que nos chama a atenção, pois muitas pessoas dizem que são fiéis em tudo, inclusive na prosperidade. Por outro lado sabemos que é na prosperidade que muitas pessoas são infiéis a Deus. Temos inúmeros relatos na Bíblia, que quando estavam vivendo dias prósperos, se esqueciam de Deus, um exemplo foi a nação de Israel nos dias do profeta Amós. A mós foi um profeta de Deus no 8º século antes de Cristo. Foi enviado de Judá, o reino do sul, a Israel, o reino mais corrupto ao seu norte, para chamar o povo ao arrependimento. A tarefa de Amós foi difícil. Sob o governo do rei Jeroboão II, a nação de Israel vivia na maior prosperidade desde os reinados de Davi e Salomão mais de 200 anos antes. Aquele povo, como muitas pessoas religiosas hoje, interpretava a prosperidade como sinal da aprovação divina e, por isso, foi resistente aos desafios lançados por profetas como Amós. Uma nação inteira, se esqueceu do que Deus fez no passado, lhes dando libertação e lhes transformando em uma grade nação. O profeta Amós fala abertamente ao povo, sobre o estado em que caíram, dando lugar as coisas materiais e esquecendo Deus. O capitulo 6 de Amós nos dá detalhes sobre a infidelidade do povo de Israel, Infidelidade de tal maneira que chegou a transformar-se em idolatria. Os vs. 13 e 14 do capitulo 6, nos mostra Deus falando a respeito da situação que o povo estava vivendo: “Vós que vos alegrais do nada, vós que dizeis: Não é assim que por nossa própria força nos temos tornado poderosos? Porque, eis que eu levantarei sobre vós, ó casa de Israel, uma nação, diz o SENHOR, o Deus dos Exércitos, e oprimir-vos-á, desde a entrada de Hamate até ao ribeiro do deserto”. Quando estamos vivendo dias favoráveis, devemos nos lembrar que o mesmo Deus que dá é o Deus que tira e retém as bênçãos. O outro exemplo trata de um homem extremamente rico, que no ponto de vista sócio religioso, poderia ser um homem que cumpria a risca a lei de Deus e como ele mesmo falou: “Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade”, ao passo que esse homem foi experimentado por Cristo, se de fato ele o seguiria verdadeiramente, esse homem baixou sua cabeça e foi embora triste, pois era dono de muitas propriedades, conforme Mt 19.22. Jesus não condenou a prosperidade, nem a riqueza, o que ele condenou, foi fazer das prosperidades, trabalhos e riqueza o seu deus, pois Deus odeia e aborrece e condena a idolatria. Quem serve a Deus verdadeiramente, prospera e conforme a vontade de Deus, pode até ser rico, pois ele disse que é “dono da prata e do ouro”, e nós somos apenas administradores daquilo que não nos pertence. É na prosperidade que somos testados a sermos fiéis em tudo inclusive nos dízimos e ofertas conforme Malaquias 3.11: “E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos”. Fidelidade acima de tudo.
 
II. A FIDELIDADE NO ASPECTO DAS TRIBULAÇÕES
Alguém poderia perguntar: “É possível uma pessoa ser fiel a Deus, em meio a tribulações?” A resposta é sim! E tem exemplos na Palavra de Deus de pessoas que foram fiéis a Deus, vivendo em estado extremo de miséria, o nome dessa pessoa é Jó. Para a ciência e história, apenas um mito; para a igreja uma realidade. A Bíblia nos fala da real existência de Jó, e que este era muito prospero. Um dia o diabo pediu que Deus permitisse tocar em Jô, pois este só era fiel por causa da prosperidade, família e saúde. O diabo reconheceu que Jó era um homem fiel a Deus e que em consequência dessa fidelidade, Deus o havia abençoado com muitas bênçãos. Deus permite que o diabo assole Jó, mas que poupasse a sua vida; o diabo assim o fez, porém Jó não negou o Senhor, mesmo vivendo em grande tribulação. As áreas que o diabo tocou em Jó foram:
• Bens
• Família e,
• Saúde
 
Três áreas de grande importância ao ser humano: Bens, Família e, Saúde. Se queremos saber quem é uma pessoa toque em seu bolso, família ou a sua saúde. Como podemos ver antes, há pessoas que se afastam de Deus quando estão vivendo em prosperidade, quando tudo está dando certo em sua vida, porém se aproximam de Deus quando tudo vai mal e quando o barco está prestes a afundar. Como será que Deus vê esta situação? Em Jó 21 13-15 nos é dito: “Na prosperidade gastam os seus dias, e num momento descem à sepultura. E, todavia, dizem a Deus: Retira-te de nós; porque não desejamos ter conhecimento dos teus caminhos. Quem é o Todo-Poderoso, para que nós o sirvamos? E que nos aproveitará que lhe façamos orações?”. Enquanto prosperam não estão preocupados com as coisas de Deus e nem com os seus caminhos, muito menos com a prática da oração. Como Deus está vendo isto? “Quantas vezes sucede que se apaga a lâmpada dos ímpios, e lhes sobrevém a sua destruição? E Deus na sua ira lhes reparte dores”, V. 17. Muitas pessoas estão caminhando a passos largos para a destruição, pois tem esquecido que tudo pertence ao Senhor. Temos uma ideia de tudo isto: Muitas pessoas estudam e almejam formarem: Médicos, advogados, professores, engenheiros... etc. No meio evangélico, quantos almejam ser: Missionários, pastores, evangelistas, educadores infantis... etc. Sabem porque a primeira alternativa é mais almejada? Por que para muitos, a profissão ou o querer fazer não está muito em jogo, mas os seus altos ganhos. Quantos de nós buscamos nos capacitar para realizar a obra de Deus como ele deseja? Quantos de nós temos vontade de ler a palavra de Deus ao ponto de estarmos preparados para a seara do Mestre? Um certo pastor em uma de suas pregações ele disse: “Sabe por que muitos de nós, não temos vontade de ler a Bíblia? Por que não cremos no que está escrito nela. Não cremos nas promessas que estão descritas para as nossas vidas. Sabe por que não oramos com mais frequência? Por que não cremos no poder da oração”. Para justificar a resposta, o pastor falou: “Você se levanta de cinco da manhã para trabalhar e sai satisfeito. Chega no horário certo no trabalho, não se atrasa jamais. Você sabe que está fazendo tudo isto, por que no final do mês você vai receber. Se o seu patrão lhe chamar e dizer que você vai trabalhar todo o mês, porém sem certeza de que você irá receber o seu salário, você vai continuar fiel ao seu trabalho? Então, por que com as coisas de Deus tudo tem que ser feito com mal gosto, com mal vontade? Não temos pontualidade nos horários de cultos, só chegamos atrasados, somo infiéis nos dízimos, nas programações da igreja... se você fosse remunerado para vir a igreja você cumpriria toda obrigação? Essa foi a palavra do pastor de uma forma parafraseada. Mas quando estamos vivendo em adversidade queremos ser fiéis, achamos que Deus não conhece os nossos corações. Deus nos conhece, e ele sabe exatamente se somos verdadeiros ou não. Sejamos fiéis, mesmo em meio a falta de prosperidade.
 
III. A FIDELIDADE NO ASPECTO DA VIDA ESPIRITUAL
 
            Em Mateus 25.14-30, nos fala de um homem que partindo para uma terra distante, distribuiu os seus bens com os seus servos, para estes administrarem, mas entre estes havia um que escondeu o que o seu senhor havia lhe dado, ao passo que voltando o seu senhor pediu-lhes contas de tudo o que havia deixado, porém o servo que havia ficado com um talento disse: “Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste; E, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu” VS. 24, 25. A infidelidade do servo, foi não ter cumprido o que o seu senhor havia ordenado e este servo chega a receber uma sentença que muitos irão receber no dia do juízo final, por serem infiéis para com Deus. O senhor daquele servo disse a ele: “Mau e negligente servo; sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? Devias então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros e, quando eu viesse, receberia o meu com os juros. Tirai-lhe pois o talento, e dai-o ao que tem os dez talentos. Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado. Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes, VS. 26-30. Não basta apenas dizer que somos servos, mas servos úteis para o serviço do Mestre. A palavra nos diz que devemos ser padrão em termos de vida espiritual. Paulo distingue o crente carnal e o crente espiritual: Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque, quem conheceu a mente do SENHOR, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo, 1 Cor 2.14-16. Paulo resume a fidelidade no aspecto espiritual no fato de que o crente espiritual tem a mente de Cristo. O crente carnal possui uma grande estima própria. Julga sempre que os outros não estão no mesmo grau de espiritualidade que eles. Consideram-se capazes de ensinar a outros, prometendo-lhes até liberdade, quando eles mesmos são escravos da corrupção e participantes dos mesmos erros. São ágeis em esconder os seus pecados, em camuflar os seus desejos, mas estão sempre prontos a condenar os erros dos outros. Paulo nos diz em Romanos 8.7,8 que a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. A fidelidade é fruto de fé autêntica em Deus e esta fé autentica é fruto de uma vida espiritual autêntica. Paulo diz no verso 9: Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. Se alguém não tem uma vida espiritual autêntica, está longe de ser um servo verdadeiro de Cristo, pois em si não habita o Espírito Santo. Que possamos viver uma vida de fidelidade ao Senhor nestes três aspectos.
 

Rev. Davi Gomes do Nascimento

sábado, 23 de agosto de 2014

A HIPÓCRISIA ENTRE MUITOS EVANGÉLICOS


 
 
TEXTO: Mateus 23.27

 
             A palavra HIPÓCRISIA deriva do latim hypocrisis e do grego hupokrisis ambos significando a representação de um ator, atuação, fingimento (no sentido artístico). Essa palavra passou, mais tarde, a designar moralmente pessoas que representam, que fingem comportamentos. A hipocrisia é o ato de fingir ter crenças, virtudes, ideias e sentimentos que a pessoa na verdade não possui.
            Tenho visto bastante hipocrisia no meio evangélico, entre as igrejas evangélicas. Muitas pessoas, membros de igrejas históricas e tradicionais, (não falo inteiramente das novas denominações, mas daquelas que "orgulhosamente" carrega sobre si, o titulo de "histórica ou tradicional), perguntam o porque não tem havido crescimento em suas igrejas e até questionam se o evangelho não tem poder nos dias de hoje, a questão não é que o evangelho tenha poder para converter e convencer pecadores de seu pecado e do juízo vindouro, mas o problema inteiro é que no nosso meio está ifestado de crentes tradicionalista hipócritas, que amam mais a bandeira de sua igreja de que o próprio Cristo.
             O texto de Mateus 23.27 é o retrato do que estou falando, pois Jesus não está falando para ímpios propriamente dito, mas para os religiosos de sua época, veja o que nos diz o texto:
"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia". Podemos ver que os fariseus eram aparentemente dotados de uma santidade externa, porém em seu interior a santidade verdadeira era ausente. Eram aparentemente cumpridores de seus deveres religiosos tradicionais, porém na prática estavam distantes de Deus. Podemos ver que tal fato tem ocorrido em nossos dias, pois igrejas e lideres tem defendido a placa de sua igreja com unhas e dentes, porém tem esquecido a prática do amor que é a base de um verdadeiro cristinaismo autêntico, Paulo diz: "Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros", Romanos 12.10, antes Paulo diz que o amor não deve ser fingido, V. 9. Podemos ver que infelismente, no nosso meio é cada um por si. A impiedade tem ganhado espaço e nós estamos preocupados apenas em defender a nossa bandeira, o que infelismente, não é a de Cristo, mas a de nossa denominação. Paulo diz: "Amai-vos cordialmente uns aos outros", amai-vos? Isso está existindo de fato em nosso meio? Receio que não! Paulo ainda diz: "preferindo-vos em honra uns aos outros", temos dado a honra devida aos nossos irmão? Receio que não, pois queremos puxar a honra para nós mesmos, para a nossa denominação.
              Vou lhes contar um fato, caro leitor: Quando o Senhor me converteu, ele me chamou a principio para uma Igreja Batista, no bairro onde morava na cidade do Recife. Servi ao Senhor naquela igreja por oito anos e claro nos alegramos muito com os irmãos que hoje não me consideram mais como irmão, mas como primo. Depois de oito anos, resolvi servir ao Senhor em uma igreja Presbiteriana de posição Fundamentalista, onde estudei no seminario Presbiteriano Fundamentalista. Certo dia o professor de denominações e seitas nos pediu um trabalho em grupo e o meu grupo ficou responsável para estudar sobre a igreja Batista, seus principios e governo; decidimos ir a um culto na igreja que fui membro durante oito anos, a minha equipe era composta de um presbitero e quatro semináristas; fomos a dita igreja. Quando chegamos era um culto de Ceia, ocupamos apenas um banco, porém quando um diacono que me conhecia a muitos anos passou com os elementos da ceia, ele passou direto por nós, mas olho para mim e disse: "Se você ainda fosse Batista, você poderia ceiar conosco, como não é mais, é uma pena". Aquilo me entristeceu profundamente, pois aprendi que a ceia é do Senhor e não de uma denominação e eu e meus amigos como pertencemos ao corpo de Cristo poderiamos ceiar também, mas não foi o que aconteceu. Isso é apenas um dos muitos fatos que acontecem em nosso meio, o que não deveria acontecer.
              Quando Jesus orou por nós, Ele disse para ser-mos UM, ou seja um só corpo, veja o que o Senhor Jesus nos diz em sua oração:
"E eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós", João 17.11. Outro fato que ocorreu, foi quando um irmão foi para outra igreja que não seguia os "principios Batistas"; Um diacono declarou publicamente: "Não era dos nossos", ele falou isto se referindo ao chamado pacto das igrejas batistas: "Finalmente, quando nos mudarmos para um lugar distante desta igreja e que nos impeça de participar aqui, nós ainda nos comprometemos a nos associar a uma outra igreja com os mesmos valores, para que possamos observar os princípios da Palavra de Deus". Sabemos que o nosso pacto é com o Senhor Jesus Cristo e não com uma placa de igreja. Hoje não sou visto mais como irmão, mas como "primo", por não ter cumprido o "pacto".
             Que o amor de Cristo nos leve a um senso de amor verdadeiro e também reconhecimento de que somos filhos de um único Deus, pois ainda que tentemos dividir o céu em loteamentos denominacionais, a Biblia diz que quem vai subir é a igreja gloriosa pela qual Ele deu a sua vida derramando o seus sangue no madeiro. Lá no céu não tem os bairos: Batista, Presbiterianos, Assembléianos, Congregacionais... Não, não tem a placa de sua igreja amado leitor, tem sim aqueles que tem as marcas de Cristo, aqueles que foram selados com o Espirito Santo. Estes herdarão o Reino prometido. Deixemos a hipócrisia de lado, pois isto não conduzirá ninguém ao céu pois
"Se alguém quiser ser o primeiro, será o derradeiro de todos e o servo de todos", Mc 9.35. Se você pensa em ser maior, será menor, se você pensa em brilhar seja como denominação, pastor ou membro de igreja, cuidado para que a sua luz não se apague, se pensas em ser melhor do que os outros, pela sua sabedoria, conhecimento ou a história e tradição de sua denominação, cuidado para não ouvir do Senhor Jesus no dia do Juízo: "Nunca vos conheci", Mt 7.23. Que Deus nos abençoe e nos ajude a nos amar verdadeiramente e não hipocritamente.


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Pr. Davi Gomes do Nascimento

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

O PRIVILÉGIO DE ENTRAR PELA PORTA

 
Texto: João 10.9
 
Introdução: Amados irmão, quando falamos em porta, sabemos que ela vai levar a algum lugar. A porta tem a função de conduzir pessoa para dentro ou para fora. Sabemos que tais funções vai das decisões das pessoas que as utilizam.
       Jesus afirmou neste capitulo que era a porta das ovelhas, e como porta Ele conduz suas ovelhas a algum lugar.
       O uso da porta era o que diferenciava o pastor do ladrão. Se alguém ao se dirigir às ovelhas, era cumprimentado pelo vigia na porta, todos sabiam que se tratava do pastor ou dono de algumas ovelhas do rebanho. Entretanto, se alguém, evitando ser visto, pulasse a cerca, logo deduziriam que era um ladrão.
       Jesus quando declara que é a porta das ovelhas, Ele lhes dá a garantia de proteção, pois o pastor protege as suas ovelhas dos lobos que estão ao derredor do aprisco. Quando Jesus se compara com a porta, Ele promete três coisas aqueles que por Ele entram:
 
I. SALVAÇÃO
II. SEGURANÇA
III. SATISFAÇÃO
Tema: O Privilégio de Entrar pela Porta (Jesus)
 
I. SALVAÇÃO
 Todo aquele que chegar à presença de Deus será salvo. Jesus disse que ninguém vem ao Pai, senão por Ele.
As pessoas em nossos dias correm em uma busca desenfreada por salvação; Procuram caminhos eficazes e simples para resolverem seus problemas; buscam formulas mágicas e porções para serem felizes e bem sucedidas. Porém, se não buscam em Cristo, que é o caminho da salvação, o porto seguro para atracarmos o barco da nossa vida, toda a nossa corrida é em vão. Atos 2.21 nos diz que: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”. At 16.31 nos diz também: "E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa". Paulo nos diz em Rm 10.9: "A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo”.
      Não existe formula mágica ou secreta para alguém ser salvo, não existe nenhum atalho que conduza alguém até os céus, o único caminho que pode nos levar a Deus é Jesus, sem Ele, todos os nossos esforços são como Alguém que tenta secar o mar com um copo d’água, tudo é em vão, toda corrida rumo ao céu, que não tem Jesus como objetivo principal, é corrida de tolos.
      O homicida fugitivo passou pelos portões da cidade de refúgio e foi salvo. Noé entrou pela porta da arca e ficou em segurança. Aqueles que recebem Jesus como a porta da fé para suas almas não ficam perdidos. O acesso à paz por meio de Jesus é a garantia de entrada nos céus pela mesma porta. Jesus é a única porta, uma porta aberta, uma porta ampla, uma porta segura; e bem-aventurado é aquele que coloca toda a sua esperança de entrar na glória sobre o Redentor crucificado.
      Jesus fala que existe duas portas, uma larga e outra estreita, ao que nos parece que até mesmo crentes experimentados na fé, tem procurado entrar pela porta larga, onde tudo parece ser tão fácil, tão pratico, mas o fim sempre é trágico. Jesus disse: Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem”, 7. 13,14. Em nossa vida, muitas vezes cansada e desesperançada, pelas coisas que estamos vivendo, procuramos um caminho, uma saída, porém muitas vezes escolhemos entrar pelo caminho largo, pela porta larga, e tudo se torna pior, pois estamos indo rumo a perdição. Há caminhos que parecem direitos ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte”, Pv 16.25.
 
  II. SEGURANÇA
 
Quando lemos a história de Noé, por ocasião do dilúvio, vemos que ele escolheu entrar por uma porta, esta porta era a porta da arca, pela qual ele e sua família seria salva.
Jesus é esta arca, Ele é aquele que conduzirá em segurança aqueles que entram por ele. Conduzirá aos portões eternos. O pastor protege a ovelha enquanto ela pasta e quando retorna ao rebanho. Ele é o bom pastor que dá a vida pelas suas ovelhas. Ele protege as suas ovelhas. Da mesma forma, os que se chegam à presença de Deus por meio de Jesus irão entrar e sair debaixo da proteção de Deus onde quer que estejam. “O SENHOR é quem te guarda; o SENHOR é a tua sombra à tua direita. O sol não te molestará de dia nem a lua de noite. O SENHOR te guardará de todo o mal; guardará a tua alma. O SENHOR guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre”, Sl 121.5-8.
         Meus irmãos, vivemos em uma época sombria, onde somos assolados pela seca e pela previsão apresentada pelos noticiários, não há nenhuma expectativa de chuvas para os próximos dias. Sei que se existe uma pessoa que pode fala sobre este problema, esta não sou eu, pois só ouvia de falar sobre tal situação, mas agora vivo na pele, porém de uma coisa estou certo, aqueles que estão guardados no aprisco do Bom pastor, nenhum mal lhe sobrevirá e até mesmo a seca será um motivo para louvar o Nome de Cristo. O Bom Pastor é aquele que providencia pastor e água para as suas ovelhas. Cremos nesta verdade? Cremos mesmo? Então que possamos parar de lamentar a situação em que estamos vivendo e creiamos que pelo fato de um dia termos entrado pela porta que é Cristo, ela proverá toda a segurança para as nossas vidas.
         O Salmista Com confiança, diz para nós: Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, SENHOR, me fazes habitar em segurança”, Sl 4.8. Se cremos nisto, que possamos deitar as nossas cabeças em nossos travesseiro e descansar no Senhor que nos dá segurança. Diz o Senhor: “O que me der ouvidos habitará em segurança, e estará livre do temor do mal”, Pv 1.33. Você tem dado ouvidos a voz do Bom Pastor?
 
III. SATISFAÇÃO
Jesus nos diz no texto que estamos considerando que não apenas dará salvação, Segurança as suas ovelhas, mas também dará satisfação.
Jesus mencionou à samaritana a satisfação proporcionada pela água que ele mesmo oferecia, Ele diz: Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna” João 4.14. Também falou da satisfação proporcionada pelo pão que tinha para oferecer: “Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede”, João 6.35. Agora promete pastagem para aqueles que entram por Ele: “...entrará, e sairá, e achará pastagens” João 10.9b. Jesus nos mostra, nesta verdade que Ele, como o nosso Bom Pastor, nos alimenta espiritualmente ao ponto de ficarmos satisfeitos.
Meu amado irmão, Você realmente tem tido satisfação por estar neste rebanho? Você tem se alegrado por estar neste rebanho? Ou vem apenas por que tem que vir? Será que Jesus tem se agradado de tal atitude? Será que ele tem se alegrado em sua vida? Você entra por estas portas com satisfação ou como o boi, quando vai para o matadouro?
Não é o simples fato de estar arrolado no rol de membros de uma igreja, que me faz pertencer ao rebanho de Cristo. Muitas pessoas tem se enganado com isto, acham, politicamente falando, que o fato de ser membro da igreja “A” ou igreja “b”, vai conduzi-lo aos portões das mansões celestiais. O simples fato de ter sido aspergido ou imergido pelas águas do batismo não me torna mas crente do que as outras pessoas. Você pode “ser aspergido em baixo de um chuveiro ou imergido dentro do oceano”, se você não tem uma convicção de fé, você apenas tomou um bom banho no chuveiro ou no oceano, porém salvo você não está.
Você já achou o que procura na igreja ou ainda anda perambulando de igreja em igreja. Se você está em busca de Cristo, você já o encontrou, se não, você será apenas como um turista de igreja, que vai em uma igreja, bebe da água que lhe dão, mas vai em outra e também bebe da água que lhe é oferecida, porém a sua busca continua, por que você não saciou a sua sede, pelo fato dele ser em homens, denominações, menos em Cristo, pois a água que ele nos dá, faz nascer em nós uma fonte de água viva, e jamais voltaremos a ter sede. Ele é a nossa segurança!!!
 
Conclusão:
Após ler esta mensagem, quais são as aplicações que tiramos para as nossas vidas?
 
Jesus diz que é a porta – Você tem entrado por esta porta?
Se entramos por esta porta, jamais pereceremos pois ele garante que quem entrar por ele será salvo, terá segurança e achará nele satisfação.
Você está satisfeito por está neste rebanho?
 
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Pr. Davi Gomes do Nascimento
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Fonte: Comentário Biblico Africano – Ed. Mundo Cristão
            Sermão “Eu Sou a Porta” - Charles Haddon Spurgeon