sábado, 30 de outubro de 2021

OS REFLEXOS DA REFORMA RELIGIOSA DO REI JOSIAS NOS DIAS DE HOJE. (Comemorando 504 Anos da Reforma Protestante)

2 Reis 22:1-10


A igreja do Senhor Jesus sempre passou por reformas. As reformas são necessárias, pois como seres humanos, tendemos sedução dos erros e desvios doutrinários que nos fazem pecar contra a Palavra de Deus.

No dia 31 de Outubro, as igrejas confessionais comemoram 504 anos da Reforma Protestante e hoje, como igreja confessional, também estamos comemorando este dia tão celebre para a igreja. Ela nos traz reflexões sobre a nossa vida com Deus e o que devemos reformar na nossa prática de culto ao Senhor.

A pergunta a ser feita nesta noite é, “qual a relevância da reforma para os nossos dias?”, nos dias de hoje, ainda há necessidade de a igreja reformar, ou apenas a reforma de 1517 foi suficiente?

O presente artigo tem como objetivo refletirmos a respeito da reforma promovida pelo rei Josias e quais as necessidades da igreja está sempre se reformando nos dias de hoje.

 

AS REFORMAS ACONTECERAM PELO FATO DE SE BUSCAR A FIDELIDE EM DEUS E EM SUA PALAVRA.


No texto lido observamos que Josias foi qualificado como aquele que “fez o que era RETO AOS OLHOS DO SENHOR, como também procurou andar nos caminhos do Senhor (2 Reis 22:2) Josias afastou-se dos caminhos e praticas do seu avô e também do seu pai, que conforme 2 Reis 21:2, 20 fizeram “...mau aos olhos do SENHOR...”.

O rei Josias tinha apenas 8 anos de idade quando começou a reinar em Jerusalém. O reinado de Josias foi marcado por uma grande reforma religiosa em Israel. A reforma foi necessária, pois o povo de Deus havia se desviado dos caminhos do Senhor. Até o livro da lei havia sido esquecido, pois este estava perdido.

No décimo oitavo ano do seu reinado, Josias ordena que o templo seja restaurado e lá o livro da lei havia sido encontrado pelo Sacerdote Hilquias no templo. Isso nos mostra o declínio espiritual da nação. Entendemos que há anos o serviço de culto a Deus havia cessado, ao ponto do templo está em estado de abandono (v.5). O livro da lei não era mais lido, como também o culto ao Senhor havia sido deixado de lado.

O rei Josias poderia investir para que seu reinado se tornasse um reinado forte; Poderia investir para que o seu nome ficasse conhecido na história como o rei que melhor administrou o seu reino, mas ele entende que tudo isto seria apenas vaidade e que investir no Reino de Deus era a melhor opção.

 

OS IMPACTOS PRODUZIDOS PELA REFORMA.


O inicio da reforma de Josias, se deu pela reforma estrutural do templo, seria a principio, uma reforma externa. Era necessária também uma reforma interna e espiritual; O culto precisava ser restaurado; a liturgia, os louvores a pregação da Palavra de Deus, precisava ser o centro da vida religiosa do povo.

O termo “... Achei o livro da lei...” Até aquele momento, o paradeiro do livro era desconhecido. O entendimento é que o livro estava desaparecido. Quando a Palavra de Deus é esquecida, ou deixada de lado, o povo tende a fazer as coisas para Deus à sua própria maneira. Os desvios doutrinários acontecem; o culto deixa de ser Teocêntrico para ser Antropocêntrico.

Por ocasião ao desaparecimento do livro da lei, o paganismo imperava sobre o Israel de Deus. Manassés, avô de Josias e Amon, o pai de Josias, haviam abandonado os caminhos do Senhor e trazido a idolatria para substituir o culto verdadeiro ao Senhor.

O rei Manassés “... tornou a edificar os altos que Ezequias, seu pai, tinha destruído, e levantou altares a Baal, e fez um bosque como o que fizera Acabe, rei de Israel, e se inclinou diante de todo o exército dos céus, e os serviu”. (2Reis 21:3). O rei Amon, “... andou em todo o caminho em que andara seu pai; e serviu os ídolos, a que seu pai tinha servido, e se inclinou diante deles”. (2Reis 21:21).

O ambiente no inicio do reinado de Josias era desolador. A adoração havia sido extinta a muitos anos e até o livro da lei havia sido perdido. Ao encontrar o livro da lei, o fio de esperança de trazer o culto ao Senhor é reacendido. A expectativa de que Deus abençoaria seu povo, se torna algo real.

A primeira atitude de Josias, quando Safã, o escrivão leu o livro da lei diante dele, Josias “rasgou as suas vestes”. (V. 11) O rasgar as vestes simbolizou ele e o povo tinham uma causa justa para o remorso por causa da desobediência pessoal e nacional.  

O primeiro passo para uma reforma religiosa é o reconhecimento do pecado acompanhado de arrependimento e disposição para corrigir o erro. Foi isso que Josias fez. Não parou apenas no “rasgar vestes”, ele procurou agir para corrigir o pecado da nação. (2 Reis 22:13)

Deus estava irado com a nação, pois haviam transgredido a sua lei e cultuado a outros deuses. O templo havia sido abandonado, a lei perdida, por isso a ira de Deus pairava sobre o povo desobediente. (Vs 15-17)

 

HAVENDO REFORMA, HÁ TAMBÉM AQUELES

QUE SE OPÕEM AS MESMAS.

 

Josias manda consultar a Palavra de Deus através da profetisa Hulda e esta Palavra consistia de duas vertentes:

 

1.    A ira de Deus havia sido acesa e o julgamento viria sobre o povo por causa das práticas idólatras (15-17)

 

2.    Josias, o rei de Judá (18) não viveria para ver a destruição e a desolação resultante do derramamento da ira de Deus (18-20).

 

A oposição vem pela ausência de disposição de fazer o que é certo. Nem todos estavam dispostos a se voltarem a Palavra de Deus, o exemplo disto, é que Deus permitiu que o povo fosse levado para o cativeiro na Babilônia. Isso não impediu que Josias fizesse o que era reto aos olhos do Senhor, pois nos versículos 7 à 20 ele fez uma reforma radical destruindo tudo aquilo que era contrário ao culto verdadeiro ao Senhor.

Toda essa reforma teve como base um retorna às Sagradas Escrituras. Os ritos pascais foram retomados; o culto a Deus passou a ser observo e toda a idolatria havia sido banida do meio do povo. Embora havendo opositores,

 

CONCLUSÃO:

As reformas religiosas dos tempos do rei Josias reportam a pré-reforma e Reforma protestante do séc. XVI, pois a intenção foi romper com tudo aquilo que era contrário a Sagrada Escritura.

Como nos dias de Josias, em 1517 houve a necessidade de um retorno radical às Sagradas Escrituras e o rompimento com toda a prática idolatra. O culto nos tempos de Josias voltou a ser Teocentrico, como também nos dias da Reforma do Sec. XVI.

Nos dias de Hoje verifica-se que há uma necessidade de uma nova reforma no seio das igrejas protestantes, pois como nos dias de Josias e também de Lutero, parte das igrejas estão abandonando a centralidade das Escrituras Sagradas; a centralidade do culto a Deus, resumindo-se apenas em práticas antropocêntricas, ou seja, a pratica de culto que tem como objetivo agradar aos homens, embora desagrade a Deus.

A Confissão de Fé de Westminster no capitulo 21, seç. 1, nos traz uma reflexão a respeito da forma de cultuarmos a Deus e a base para o culto:

“[...] o modo aceitável de adorar o verdadeiro Deus é instituído por ele mesmo, e é tão limitado pela sua própria vontade revelada que ele não pode ser adorado segundo as imaginações e invenções dos homens ou sugestões de Satanás, nem sob qualquer representação visível, ou de qualquer outro modo não prescrito nas Sagradas Escrituras”. 

 

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