Daniel 4:1
O livro de Daniel abrange todo o período em
que o Reino do Sul se encontrava exilado na Babilônia.
O
livro está dividido em duas partes, como exposto no Comentário de Joyce G.
Baldwin:
1.
Os
capítulos 1 a 6, relatam os fatos e incidentes que ocorreram com Daniel e seus
companheiros, Sadraque, Masaque e Abnego.
2.
Os
capítulos 7 a 12, que são cronologicamente superpostos as quatro visões que
vieram a Daniel quando já era idoso.
A Bíblia fala que Daniel foi um Jovem temente
e fiel a deus, embora ter sido levado para o exílio em um país pagão, ele
resolveu em seu coração, não se contaminar com as práticas daquele país:
“E Daniel
propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei,
nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que
lhe permitisse não se contaminar”. Dn. 1,8
Deus
honra aqueles que é fiel a sua vontade e que busca não se contaminar com “as
iguarias deste mundo”.
“Ora, Deus fez
com que Daniel achasse graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos”. Dn 1.9
Os fatos ocorridos na vida de
Daniel, no inicio de sua estada na Babiblônia, foi um prelúdio para os grandes
testes de fé que ele enfrentaria, como também sua honra diante da corte do rei
Nabucodonosor. Deus iria honra-lo e ele testemunharia da grandeza de Deus
diante do rei.
Daniel refletiria a Luz de Deus
diante do rei ímpio, o que posteriormente o levaria a reconhecer e testemunhar
da grandeza e sublimidade do Deus Vivo.
Um rei
que induzido pelos seus conselheiros a fazer uma estatua de si mesmo para que o
povo se prostrasse diante dela em adoração, inclusive iria impor a Daniel que
assim o fizesse, acabou se rendendo aos pés do Deus vivo em adoração e
reconhecimento a divina glória de Deus.
Um rei que diante do seu grande
império, seus projetos arquitetônicos e passou a glorificar a si mesmo, v.30.
Isso ofendeu o próprio Deus, pois a
sua Palavra nos diz que Deus não divide a sua glória com ninguém:
“Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória,
pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura”. Is 42:8
Deus pune o pecador, quando este
se exalta e procura engrandecer a si próprio, visando sua própria glória. (v.
30)Jesus disse que “... todo aquele
que a si mesmo se exaltar será humilhado, e todo aquele que a si mesmo se
humilhar será exaltado”, Mt 23:12. Satanás tentou Jesus com a ofertar de reinos,
poder, grandeza:
“... e mostrou-lhe todos os reinos do
mundo, e a glória deles. E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me
adorares”. Mt 4.5.
Deus puniu o Rei Nabucodonosor,
humilhando-o e fazendo-o semelhante a um animal Foi obrigado a olhar para o
Reino de Deus, reconhecendo que Deus é Rei sobre todos os reinos.
Podemos aprender
algumas verdades no texto que lemos:
1.
À
Deus pertence toda a riqueza do universo, é ele quem faz com que o ser humano
prospere ou não, Vs. 20-22.
2.
Deus
tem poder para tomar, retirar aquilo que o soberbo tem, inclusive sua vida, v.
23
3.
Deus
frustra a sabedoria e intentos humanos, quando estes furtam a Glória que
pertence a Deus e transferem para si mesmos, Vs. 24, 25.
4.
É
o que o apostolo Paulo nos dia em Rm 1:23 e 25:
“E
mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem
corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.. Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e
honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito
eternamente”. (Vs 23, 25)
5.
O
reino da Babilônia foi arrancado das mãos do rei Nabucodosor, e o mesmo pastou
igual aos bois, até que reconhecesse que toda honra pertence unicamente a Deus.
6.
Muitas
vezes é na adversidade que somos levados a reconhecer a grandeza e Soberania do
Senhor Nosso Deus. É na adversidade que reconhecemos a nossa pequinês diante da
grandeza de Deus.
7.
Nabucodosor
reconheceu sua insignificância diante da Suprema Majestade de Deus.
Reconheceu quão pecador era ele diante de um Deus santo.
8.
O
mesmo devemos fazer. O filosofo Sócrates ficou conhecido pela frase: “Conhece-te
a ti mesmo”. Paulo nos diz em Gálatas 6:3: “Pois,
se alguém se considera importante, não sendo nada, engana a si mesmo”.
9.
O
apostolo Paulo procurava buscar conhecimento dele mesmo, e chega a conclusão de
quão pecador ele era:
“Porque o que
faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso
faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que
agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque eu
sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o
querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que
quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o
não faço eu, mas o pecado que habita em mim”. Rm 7:15-20.
10. Quando reconhece-se
que toda a honra e glória pertencem a Deus, há restauração em nossas vidas como
um todo. Vs. 26, 27.
11. Finalmente, se
desejamos ter comunhão com o Senhor nosso Deus, precisamos:
1º reconhecer quem nós somos – Nabucodonossor precisou
reconhecer quem era ele, um pecados que diante do Soberano Deus, nos
assemelhamos ao vapor, que logo se desvanece, é o que nos diz Tiago 4:14: “Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois
se desvanece”.
2º Reconhecer que tudo o que temos, ou tudo o que somos,
não é nada, diante dos olhos de Deus. Nabucodossor tinha um reino e um status
elevado, mas em questão de segundo, talvez minutos ou até mesmo horas, perdeu
tudo o que tinha e como um animal insignificante se tornou.
3º Só em Cristo podemos ser e ter aquilo que Ele nos
proporciona, e o melhor, a maior de todas as bênçãos, a vida eterna. Disse
Jesus: “E dou-lhes a vida eterna, e
nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão”, João 10:28.
“Se alguém está em Cristo, nova criatura é; as
coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”, 2 Cor 5:17.
Pr. Davi Nascimento
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