Êxodo 20:1,2.
Iniciaremos hoje mais
uma série de ministrações, desta vez, vamos falar sobre os Dez Mandamentos da
Lei de Deus. Usaremos como fonte primária de pesquisa a Bíblia Sagrada e como
fontes secundárias, a Confissão de Fé de Westminster e o Catecismo Maior de
Westminster. Queremos tratar nestas ministrações, primeiro como Deus se
relaciona com Ele mesmo, segundo, como ele se relaciona com suas criaturas em
geral e, terceiro, como Ele se relaciona com a sua igreja, de modo particular.
Devemos
primeiro, considerar o prefácio dos Dez Mandamentos. O texto que lemos nos diz:
“Eu sou o SENHOR teu Deus, que te tirei
da terra do Egito, da casa da servidão”. O que Deus queria dizer com estas
Palavras? Deus aqui, meus amados irmãos, está manifestando de maneira clara a
sua Soberania como Senhor Absoluto. Sendo Ele Soberano, ele também evidência os
seus eternos atributos, que são: Eternidade, Imutabilidade, Onipotência,
Onipresença, Oniciência...
O
que precisamos entender é que Deus é Aquele que existe de Si e em Si mesmo, e
que traz à existência todas as coisas. Deus é Aquele do pacto com o antigo
Israel quanto com todo o seu povo e que como livrou Israel do cativeiro
egipcio, também é o mesmo que nos libertou do nosso cativeiro espiritual e que,
portanto somente a Ele devemos honrar e ter como Único Deus e como servos,
devemos procurar guardar todos os seus mandamentos. O que podemos aprender para
a nossa edificação hoje, através destes versiculos?
I.
POR QUE ESTES PRIMEIROS VERSOS SÃO
IMPORTANTES?
Ø São três razões:
a.
Devemos
entender que eles são partes integrais dos Dez Mandamentos,
b.
Eles
fixam as razões por que temos a obrigação de obedecer aos mandamentos,
c.
Eles
assentam o fundamento para a responsabilidade moral nos dois fatos:
1.
A
soberania Absoluta de Deus e;
2.
A
sua Obra de Redenção
Falamos
tanto em Soberania de Deus, cantamos tanto a Soberania de Deus, mas será que
sabemos o que realmente é Soberania de Deus?
Quando
lemos na Palavra de Deus que ele é soberano, isso quer dizer que Ele tem
autoridade Absoluta, Suprema e Imutável e o domínio sobre todo o universo. Por
ser Soberano, Deus é supremo a todas as criaturas. A Confissão de Fé de
Westminster nos diz que “Ele é a única
origem de todo o ser; dele, por ele e para ele são todas as coisas e sobre elas
tem ele Soberano domínio para fazer com elas, para elas e sobre elas tudo
quanto quiser” (CFW II.II).
Muitas
vezes nutrimos uma imagem de Deus, como se Ele fosse um Deus limitado pela
vontade e imaginação humana, mas Ele diz em sua Palavra: “Eu sou o SENHOR teu Deus...”.
II.
A SOBERANIA DE DEUS
NA OBRA DA SALVAÇÃO.
Quando falamos na
obra da Salvação, nos vem a pergunta: Que tem Soberania para salvar? Deus ou o
homem?
Vejamos algumas
referências Biblicas que nos ajudaram a responder essa pergunta:
a.
Salmos
68:20
b.
Jonas
2:9
c.
Apocalipse
19:1
Qual destes textos
nos é dito que a salvação é gerada pelo próprio homem? Não há refência ao
homem, no sentido de que ele pode conquistar a salvação por meritos próprios. E
por quê? Veja o que o apostolo Paulo nos diz: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” Rm
3.23, mas ele ainda nos diz que "como por um homem entrou o pecado no
mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por
isso que todos pecaram" Rm 5 :12. Jesus
disse: “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós...”Jo 15.16, Ele disse ainda: "As minhas ovelhas
ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem" Jo 10:27. Jesus falou isso pelo fato de haver
ovelhas que não eram do seu aprisco, ou seja, aquele que não crer, não é ovelha
do Senhor, isso foi o que Ele mesmo afirmou: “Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo
tenho dito” Jo 10.26.
Podemos
perguntar: E agora, como podemos ser salvos? A resposta está em Efésios 2.8,9: “Porque pela graça sois salvos, por meio da
fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que
ninguém se glorie”. A resposta é GRAÇA, apenas a graça de Deus, manifesta em
Cristo Jesus, pode dar a salvação ao homem caído. Nossas obras são
insuficientes para nos conferir a salvação, pelo fato de que nossa justiça
própria é para Deus como trapos de imundícias, é isso que nos é dito em Is
64.6: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo
da imundícia”, em seguida
nos é dito: “E já ninguém há que invoque o teu nome, que
se desperte, e te detenhas; porque escondes de nós o teu rosto, e nos fazes
derreter, por causa das nossas iniquidades”, v.7. Então, podemos observar que não há nenhuma centelha de bondade divina
no ser humano, que o conduza até Deus e se hoje estamos aqui reunidos para
adorar ao senhor, a esse Deus que é soberano, é por que Ele nos trouxe pela sua
maravilhosa graça. Ele e somente Ele é Soberano para Salvar o homem em seu
estado de morte espiritual. Ele e Somente Ele pode trazer o homem de volta a
vida, de volta à sua presença.
III.
A REDENÇÃO DE DEUS NOS IMPÕE DUAS OBRIGAÇÕES.
Hoje podemos dizer que gozamos de liberdade, pois foi através de Cristo,
em Cristo e para cristo que somos livres. Mas essa liberdade redentora nos
impõe duas obrigações. São elas:
a.
A obrigação da
fidelidade – “Somente a ele devemos
receber como nosso único Deus”. Deus requer da parte de nós, exclusividade
plena. A nossa vida devocional, pessoal e social, não deve ser dividida com
outras coisas, pois ele é um Deus Santo e Zeloso: “Então
Josué disse ao povo: Não podereis servir ao SENHOR, porquanto é Deus santo, é
Deus zeloso, que não perdoará a vossa transgressão nem os vossos pecados. Se
deixardes ao SENHOR, e servirdes a deuses estranhos, então ele se tornará, e
vos fará mal, e vos consumirá, depois de vos ter feito o bem”, Josué
24.19,20. Em Pv 12:22 nos diz que “Os lábios
mentirosos são abomináveis ao SENHOR, mas os que agem fielmente são o seu
deleite”.
b.
A obrigação da Obediência – O crente tem a obrigação de obedecer a Deus em todas as áreas de sua
vida. A desobediência tem como consequência, a punição e condenação eterna. As
ovelhas procuram obedecer a voz do seu Supremo Pastor. Quem não obedece, não pode
ser classificada como ovelhas de Cristo. A desobediência é entendida como
rebeldia e os rebeldes não entraram no Reino de Deus.
CONCLUSÃO: Por que é tão importante atentarmos para o estudo dos Dez Mandamentos? Por que é tão importante
para o crente voltar seus olhos a Lei de Deus? Responderei e encerrarei esta
mensagem usando o salmo 19:7-11:
A lei do SENHOR é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do SENHOR é
fiel, e dá sabedoria aos símplices.
Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o
mandamento do SENHOR é puro, e ilumina os olhos.
O temor do SENHOR é limpo, e permanece eternamente; os
juízos do SENHOR são verdadeiros e justos juntamente.
Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro
fino; e mais doces do que o mel e o licor dos favos.
Também por eles é
admoestado o teu servo; e em os guardar há grande recompensa.
Que Deus nos abençoe.
Pr.
Davi Gomes do Nascimento
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