sábado, 21 de abril de 2018



Tiago 1:9-11


Introdução:

Antes de fazermos uma abordagem do texto em questão, precisamos entender que aqui há um diferencial entre pobreza e riqueza. Temos que ter cuidado com a autocomiseração, o que é isso? A autocomiseração é o sentimento de autopiedade, de pena de si mesmo; que sente dó de si próprio. Existem muitas pessoas que pelo fato de não dispor de recursos financeiros, passa a detestar que o tem, daí passa a viver uma vida de coitadismo e autocomiseração.
Dentro da igreja a dois tipos de pessoas de vidas sociais distintas. Dentro da igreja há pessoas pobres e pessoas ricas. Não há problema algum entre essas classes sociais, a questão é, como a igreja lhe dá com isso? Será que Jesus condenou a riqueza para abraçar os pobres? Será que o “vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me” (Mt 19.21), deve ser entendido literalmente? Será que na igreja primitiva era proibido ter bens, propriedades e até mesmo riquezas? Por outro lado, será que para fazer parte da igreja e para ser aceito na mesma, tinha que ser rico, possuir bens...? O que Tiago quer nos ensinar através dessas palavras?

I.      POBREZA E RIQUEZA SÃO CONDIÇÕES SOCIAIS PRESENTES NO AMBIENTE INTERNO DA IGREJA.

a.    Primeiro, devemos entender que o Senhor Jesus chamou a salvação as duas classes, Mt 11.28, Lc 19:2; Pv 22.2.

b.    Segundo, não podemos definir preferências por classes sociais dentro da igreja, isso é acepção de pessoas e Deus não se agrada de tal postura. Rm 2.11; Jó 13:10; Tiago 2:1.

c.    Terceiro, temos que aprender a viver em sociedade dentro da igreja. Pv. 13.10; 2 Tm 2.23; 1 Cor 1.11

II.    QUAL O PROCEDER DO CRENTE HUMILDE? V.9

a.    Primeiro, não deve ser de autocomiseração, isso é pecado. João 12.5.

b.    Segundo, não maltratar aqueles que são mais humildes do que ele, Pv 28.3.

c.    A segundo o texto de Tiago, “a “condição humilde” podia e pode incluir muitos aspectos: fazer parte da categoria dos escravos, não ter estudo (p.ex. analfabetos), ter poucos dons, renda baixa, poucas posses, profissão simples, falta de influência. – “Glorie-se na sua dignidade”: é justamente dele ( do humilde) que se aproxima de modo especial nosso Senhor Jesus Cristo, que “se tornou pobre por amor a nós” (2Co 8.9)[1]

d.    Terceiro, Por meio da pobreza de Jesus o humilde se torna rico (2Co 8.9)[2].

e.    Finalmente, aqueles que apresentam as características de humilde, Glória-se na Humildade “com louvor e ação de graças”.


III.   QUAL O PROCEDER DO CRENTE DE CONDIÇÕES ELEVADAS? V.10

a.    Os “ricos” na igreja eram pessoas abastadas e de posição social destacada, membros de famílias influentes, avantajadas em dons e estudo[3].

b.    Tiago fala da “insignificância” dos ricos, justificando-a com a transitoriedade da riqueza e, por consequência, também dessa base de seu sentimento de valor e autoconfiança: “porque passará como a flor do eva”.

c.    Quando morremos, os nossos bens ficam para trás (Lc 12.20s).

d.    A pobreza não humilha a riqueza não exalta.

e.    Quando a questão da riqueza não parece mais tão terrivelmente importante, estão asseguradas também as premissas para a harmonização social. Ela acontece sem que se faça grande alarde disso. Pessoas renovadas geram uma realidade nova. Dessa maneira a riqueza também passa a não ser mais tentação e perigo[4].


CONCLUSÃO:

Depois de tudo o que ouvimos, como podemos aplicar estas verdades em nossas vidas?

a.    Primeiro, entendendo que o Senhor não nos escolheu por que somos de classes baixa, média ou alta. O que temos ou o que deixamos de ter, para Deus não vale nada.

b.    Segundo, não devemos nos apegar a uma posição social para sermos queridos ou aceitos, antes, devemos gloriar-nos no Senhor.

c.    Terceiro, devemos amar nossos irmãos independente daquilo que ele possui ou deixa de possuir.

d.   Finalmente, tudo o que temos, ficará com a nossa partida eterna, por isso façamos o bem enquanto estamos vivos. Para refletir: 1 Tm 6:18



Pr. Davi Gomes do Nascimento





[1] Fritz Grünzweig, CARTA DE TIAGO COMENTÁRIO ESPERANÇA, Ed. Esperança
[2] Idem;
[3] Idém;
[4] Idém.

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